Doutrina de segurança nacional (Brasil)

Hoje em dia, Doutrina de segurança nacional (Brasil) é um tema que tem ganhado grande relevância na sociedade. Ao longo do tempo, Doutrina de segurança nacional (Brasil) tornou-se um ponto de interesse para os mais diversos públicos, seja pelo seu impacto na vida quotidiana, pela sua relevância histórica ou pela sua influência em vários aspectos da cultura. Neste artigo exploraremos diferentes perspectivas sobre Doutrina de segurança nacional (Brasil), desde as suas origens até ao seu papel no presente, analisando a sua importância e implicações na sociedade actual. Além disso, examinaremos como Doutrina de segurança nacional (Brasil) evoluiu ao longo do tempo e como a sua compreensão pode contribuir para a compreensão de vários aspectos da nossa vida diária.

A Doutrina de Segurança Nacional surgiu em consequência da Guerra Fria. Terminada a Segunda Guerra Mundial, toda uma geração de militares brasileiros passou a frequentar cursos militares norte-americanos. Quando esses oficiais retornavam dos EUA, já estavam profundamente influenciados por uma concepção de "defesa nacional". Tanto que alguns anos mais tarde vão criar a Escola Superior de Guerra (ESG), vinculada ao Estado Maior das Forças Armadas. Essa escola foi estruturada conforme sua similar norte-americana, National War College.

Histórico

Foi dentro da ESG que se formulou os princípios da Doutrina de Segurança Nacional e alguns dos seus subprodutos, como por exemplo, o Serviço Nacional de Informações (SNI). Essa doutrina, que vai virar lei em 1968, com a publicação do decreto-lei no. 314/68, tinha como objetivo principal identificar e eliminar os “inimigos internos”, ou seja, todos aqueles que questionavam e criticavam o regime estabelecido.

Em março de 1947 o Presidente estadunidense, Harry Truman, afirmou que os EUA estavam dispostos a conter o avanço comunista intervindo militarmente nos focos de perturbação. Qualquer agressão aos regimes simpatizantes a política externa dos EUA caracterizaria uma agressão a Segurança Nacional dos EUA. Além disso, para forçar os países latinos neutros, até então, a aderirem ao lado capitalista, o Secretário de Defesa estadunidense, J. Foster Dulles, afirmou ser a neutralidade uma degradação moral.

No Brasil, Golbery de Couto e Silva criou o Serviço Nacional de Informações (SNI) para eliminar os "inimigos do regime", assegurando a segurança nacional. Outro ponto que liga os EUA ao Brasil na época do regime militar era a Escola Militar das Américas, que formava militares especialistas em técnicas de contra-guerrilha, tortura "científica" e interrogatório. No Brasil, foram formadas 355 pessoas. Essa doutrina foi muito influente na história brasileira recente.

À doutrina difundida pelos Estados Unidos e ensinada aos oficiais brasileiros na zona do Canal do Panamá foi adequada a noção de geopolítica estudada desde 1930 destacadamente entre a intelectualidade militar, assim como a ênfase em elementos mais pertinentes à realidade brasileira (FERNANDES, 2009)

 

Ou seja, essa ideologia foi difundida por todo o território nacional como estratégia de enquadrar o Regime Militar brasileiro ao contexto da Guerra Fria.

Basicamente, a Doutrina de Segurança Nacional consiste em:

Garantias políticas, econômicas, psicossociais e ações militares providas pelo Estado, num determinado tempo, para a Nação a qual governa, para a realização e manutenção dos objetivos nacionais (MATTOS, 2002)
— tese de Plínio Marcos Volponi Leal, de 2009.

 

Como fruto deste posicionamento, os governantes adotaram uma postura de integração nacional, com um Estado forte e centralizado, capaz de unificar todos os objetivos nacionais, e principalmente, capaz de garantir a segurança nacional, em meio à paranoia da invasão comunista que envolvia os tempos de Guerra Fria. O mecanismo encontrado pelos militares para atingir esta meta foi a solidificação da indústria e o crescimento econômico.

E é este o cenário que torna coerente o investimento nos meios de comunicação, já que:

Os meios de comunicação de massa se transformaram no veículo através do qual o regime poderia persuadir, impor e difundir seus posicionamentos, além de ser a forma de manter o status quo após o golpe (Mattos, 2002).

Ver também

Referências

Bibliografia

  • FERNANDES, Ananda Simões. A reformulação da Doutrina de Segurança Nacional pela Escola Superior de Guerra no Brasil:  a geopolítica de Golbery do Couto e Silva. Londrina: Antíteses, vol. 2, n. 4, jul.-dez. de 2009, pp. 831–856
  • MATTOS, Sérgio. Um Perfil da TV Brasileira: 40 ANOS DE HISTÓRIA - 1950/1990. Salvador: Associação Brasileira de Agências de Propaganda/ Capítulo  Bahia: A TARDE, 1990.