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Embora cada região do planeta possua as suas próprias especiarias, na Europa Ocidental, a partir do contexto das Cruzadas, desenvolveu-se o consumo das variedades oriundas do Oriente. Para atender a essa demanda, ampliou-se o comércio entre o Ocidente e o Oriente, através de várias rotas terrestres e marítimas. A dinâmica dessas rotas variou ao sabor das guerras e conflitos ao longo dos séculos. A partir da criação do Império Mongol, entre os séculos XIII e XIV, com a instauração da pax mongolica o comércio entre a Europa e o Oriente conheceu um período de prosperidade. Utilizadas não só para conservar os alimentos e melhorar seu sabor, mas também como medicamentos, afrodisíacos, perfumes, incensos, etc., as especiarias, eram compradas secas e dessa forma utilizadas. Sua grande durabilidade, resistência a mofos e pragas nos longos tempos de estocagem, tornara possível e próspero seu comércio: suportavam por meses e até anos as travessias por mar ou terra sem perder as qualidades aromáticas e medicinais. As mais procuradas, no século XV, eram a pimenta-do-reino, o cravo, a canela e a noz-moscada. Nativas da Ásia, eram difíceis de obter, portanto, extremamente caras. Eram usadas até mesmo como moeda e, segundo Nepomuceno, constituíam "dotes, heranças, reservas de capital e divisas de um reino. Pagavam serviços, impostos, dívidas, acordos e obrigações religiosas". Também era costume presentear (ou subornar) os magistrados com especiarias. Em 29 de maio de 1453, a tomada de Constantinopla pelos otomanos dificultou ainda mais o acesso a esses produtos, pois as rotas de comércio dos principais condimentos passaram ao controle turco, ficando, assim, bloqueadas as atividades dos mercadores cristãos.
Na tentativa de contornar o problema, Portugal e Espanha organizaram expedições para a exploração de rotas alternativas - um caminho marítimo para o Oriente. O projeto português previa um ciclo oriental, contornando a África, enquanto o projeto espanhol apostou no ciclo ocidental, que culminou no descobrimento da América. O estabelecimento de nova rota com o caminho descoberto por Vasco da Gama reduziu de imediato os preços das especiarias - os venezianos começaram a comprar pimenta em Lisboa pela metade do preço do que custava em Alexandria, oferecida pelos árabes.
Com o estabelecimento de colônias no continente americano, as nações europeias introduziram nelas o plantio das especiarias asiáticas, barateando os custos e tornando-as mais acessíveis para o mercado. Essa divulgação teve como consequência levar as próprias colônias a adotar essas especiarias, em detrimento das espécies nativas que tinham efeitos similares.[carece de fontes?]
↑" Espécie" tem também o sentido de droga ou mistura de substâncias vegetais secas, dotadas das mesmas propriedades terapêuticas; ou, ainda, de mercadoria ou gênero alimentício dado como pagamento de algo (ver Dicionário Priberam. Verbete: espécie). De fato, as especiarias também foram utilizadas como meio de pagamento, na Europa.
↑FURTADO,Celso - Formação Econômica do Brasil - 2000 - Empresa Folha da Manhã sob licença da Companhia Editora Nacional - Pgs. 34-35 - ISBN 85-7402-200-4
Bibliografia
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Donkin, Robin A. (Ago. 2003). Between East and West: The Moluccas and the Traffic in Spices Up to the Arrival of Europeans. Diane Publishing Company. ISBN 0-87169-248-1.
Corn, Charles; Glasserman, Debbie (March 1999). The Scents of Eden: A History of the Spice Trade. Kodansha America. ISBN 1-56836-249-8.
Billing, Jennifer; Sherman, Paul W. (março de 1998). «Antimicrobial Functions of Spices: Why Some Like it Hot». The Quarterly Review of Biology. 73 (1). doi:10.1086/420058